quarta-feira, 14 de maio de 2008

Didgeridoo

"O didgeridoo (ou também didjeridu) é um instrumento de sopro usado tradicionalmente por aborígenes no norte da Austrália, estando desde cedo ligado às crenças religiosas e místicas dos aborígenes.

(...)

O Yadaki, nome que os aborígenes dão ao didgeridoo, basicamente é um tronco oco de eucalipto escavado por térmitas e é tocado ao estilo do trompete, encostando os lábios a uma das extremidades.

Através de sopros de diferentes intensidades, sons com a voz e movimentos com a língua, pode-se explorar toda a gama de sons que ele permite.

(...)

Existe porém uma técnica que convém dominar: a respiração circular que permite nunca interromper o fluxo de ar expirado e que consiste em encher as bochechas de ar e vasá-lo enquanto se inspira pelo nariz."

» Texto retirado de At-Tambur.com - Músicas do Mundo

No vídeo que aqui disponibilizamos podemos apreciar a técnica de Larry 'Winiwini' Gurruwiwi.

Angklung

O Angklung é um idiofone originário da Indonésia (Java e Bali), mas popular em todo o Sudeste da Ásia. Este instrumento é composto por dois tubos de bambu de tamanhos diferentes reunidos linearmente num caixilho. A altura das notas depende do comprimento e diâmetro dos tubos. O som ocorre agitando os instrumentos para fazer o trémolo.

Uma vez que cada instrumento apenas produz um ou dois sons, um grupo de Angklung pode ser composto por 60 a 160 pessoas. Não é o caso do vídeo que escolhemos, onde um único intérprete recorre à sua perícia para manusear vários angklung, assim criando a sua versão do tema de Rihanna, "Umbrella".

Sitar

O Sitar é um cordofone muito popular no Norte da Índia. Possui 7 cordas, duas delas dedicadas apenas a acompanhamento rítmico. Possui ainda entre 8 e 13 cordas simpáticas, que vibram graças à proximidade com as demais.

Ravi Shankar, que aqui apreciamos, é o mais famoso intérprete do Sitar, tendo contribuído muito para a sua divulgação no ocidente e influenciando géneros como o jazz ou o rock, por exemplo graças à sua ligação com George Harrison dos Beatles.

Guzheng

Os cordofones são particularmente importantes no Extremo Oriente, existindo imensas variedades de cítaras de mesa, entre elas o Koto Japonês e o Guzheng da China.

Este último é habitualmente utilizado nas orquestras de música chinesa ou a solo. É exactamente dessa maneira que o podemos apreciar no vídeo que escolhemos, onde Liu Fang interpreta uma composição clássica chinesa.

Sheng

O Sheng é um órgão de boca que teve origem na China há já 3.000 anos. Uma vez introduzido na Europa, viria a inspirar, no início do século XIX, o desenvolvimento de instrumentos de palheta como a harmónica ou o acordeão.

O sheng tradicional tinha 17 tubos e palhetas, tendo evoluído para as actuais 21, 24 e 36 palhetas. Desempenha um importante papel nas orquestras de instrumentos tradicionais chineses, sendo também usado a solo ou integrado em orquestras como podemos apreciar neste vídeo.

Shehnai

O Shehnai é um aerofone de palheta dupla muitas vezes feito de madeira e ocasionalmente de pau, possuindo sete orifícios. É o instrumento de sopro mais popular na Índia, frequentemente utilizado nos casamentos e nos templos.

Bismillah Khan (1916 – 2006) é apontado por muitos como o grande mestre deste instrumento, motivo pelo qual o escolhemos para ilustrar este texto.

O-daiko



Proveniente do Japão, este instrumento de percussão (membranofone), em forma de barril, pode atingir os 2m de diâmetro e chegar a pesar 300 kg. Já o Ko-daiko é similar, mas muito mais pequeno em diâmetro (76 cm).

O O-daiko costuma ser percutido por dois instrumentistas que dão o necessário suporte rítmico à música, como se pode testemunhar neste vídeo graças à interpretação do grupo japonês Hono-o-Daiko na "Festa de la Mercè 2007" em Barcelona.

Koto


Este instrumento de origem japonesa consiste numa tábua de madeira sobre a qual estão esticadas várias cordas de tamanhos diferentes. As cordas são beliscadas e assim é produzido o som. O timbre vai depender da variedade e dimensões da madeira, assim como do tamanho e material das cordas.

Ukulele



O Ukulele é semelhante a uma guitarra, mas tem apenas quatro cordas, afinadas em Lá, Mi, Dó e Sol. É descendente do cavaquinho, levado no início do século XIX pelos imigrantes portugueses para o Havai.

Ouvimos neste vídeo uma canção tradicional Havaiana, He'eia, interpretada por Carl Ray VillaVerde.

Valiha



A Valiha é uma cítara de bambu em forma de tubo proveniente de Madagáscar, com cerca de 80 cm de comprimento. É tocada beliscando as cordas que podem ser feitas de metal ou de pele de bambu.

No vídeo podemos apreciar o virtuosismo de Rajery, músico de Madagáscar conhecido por combinar a tradição com a modernidade.

Mbira (Sansa)

A Sansa ou mbira é um idiofone beliscado (produz som através da vibração do próprio corpo).

Trata-se de um conjunto de lamelas de metal, presas num cavalete metálico, cada uma com um tamanho diferente, para produzir notas diferentes. O conjunto pode ser tocado ou não dentro de um recipiente oco que serve como caixa de ressonância. O instrumento é tocado com as duas mãos, sendo as lamelas beliscadas com os polegares.

Em Portugal, a Sansa é mais conhecida pelo seu nome angolano – Quissange.

Kora



A Kora é um cordofone proveniente do Mali, Gâmbia, Guiné e Senegal. Tem uma caixa de ressonância e 21 cordas que eram originalmente feitas de pele de antílope.

O instrumentista usa somente o polegar e o indicador de ambas as mãos para dedilhar as cordas da Kora, sendo que os restantes dedos seguram o instrumento.

Neste vídeo podemos ver e ouvir Toumani Diabate, um dos mais importantes instrumentistas do Mali, aqui acompanhado pelo contrabaixista Danny Tompson, num bom exemplo do diálogo intercultural. Só a título de curiosidade, refira-se que Diabate actuará em Portugal nos dias 28, 30 e 31 de Maio (no Porto, Lisboa e Coimbra, respectivamente).

quinta-feira, 8 de maio de 2008

.:: Jon Luz // Domingo, 18 de Maio // 16:30 h

Jon Luz

As comemorações do Dia Internacional dos Museus encerram em grande com um concerto do músico cabo-verdiano, Jon Luz, que apresentará um espectáculo feito de combinações de ritmos tradicionais cabo-verdianos com as sonoridades contemporâneas da world music.

Com um primeiro CD editado, «Farrópe d´Poesia» (Farrapo de Poesia), Jon Luz é já uma nova estrela da música de Cabo-Verde, tendo antes acompanhado e composto para artistas como Cesária Évora, Maria Alice, Tito Paris ou João Afonso.

» Mais informações em: http://jonluz.blogspot.com/

.:: Alto & Falante // Domingo, 18 de Maio // 11:00 h e 14:30 h

Alto & Falante - Oficina de Simão Costa com Ágata Mandillo

Oficina de Simão Costa com Ágata Mandillo que proporciona um contacto directo das crianças com as novas tecnologias de informática musical, estimulando a sua curiosidade pelos fenómenos do som e da música e promovendo o desenvolvimento musical ao nível da percepção auditiva e da criatividade.

No contexto deste projecto, as crianças têm oportunidade de experimentar as potencialidades tecnológicas na área do processamento de sinal digital áudio. Essa experimentação acontece a par e passo com vários jogos de ouvir, produzir, guardar, tocar e organizar sons através de exercícios práticos…

Criar Música é aqui entendido como exercício lúdico de produção/fabricação de sons, audição, armazenamento, manipulação e processamento sem recorrer às tradicionais “notas musicais”, mas utilizando uma ferramenta potente e flexível: o computador.

Simão Costa (Lisboa, 1979) é um músico, compositor e pianista que tem vindo a desenvolver projectos de criação audiovisual, que se caracterizam pela investigação em tecnologias interactivas ao nível do som, da imagem e da luz, levando a arte digital contemporânea ao quotidiano das pessoas.

» Apoio: Miso Music Portugal

Público-alvo: crianças do 1.º ciclo do ensino básico (5 aos 10 anos)
Duração da actividade: 50 minutos
Número máximo de participantes por sessão: Aproximadamente 20 (marcação prévia)

.:: Dj In_Lectra // Sábado, 17 de Maio // 00:00 h

Dj In_Lectra

A noite no Museu da Música não termina sem antes podermos apreciar os talentos da Dj In_Lectra que tratará da animação musical até ao encerramento, por volta das 01:00 h.

Com uma carreira iniciada em bares e festas em finais de 2005, In_lectra revela grande facilidade de interacção com os diferentes públicos que encara, tendo já partilhado cabine com djs ilustres como Expander (sonic culture / kompact), Kasper (fragil / casino lisboa res), Element G, Gonçalo M (intuition records), Dj Kristof, entre outros.

Tendo um gosto musical bastante abrangente, as suas preferências encontram-se entre sonoridades bastante deep (deep house / ambient / lounge) e sons mais intensos com um estilo de house mais progressivo, passando por estilos como o 'electro' e 'minimal techno' até às sonoridades 80's, buscando ainda remisturas ou mesmo originais que se enquadrem no seu gosto de eleição.

A criatividade e o entusiasmo com que selecciona e exprime os seus gostos musicais conduzem a noites de boa música e verdadeira animação.

.:: Farra Fanfarra // Sábado, 17 de Maio // 22:30 h

Farra Fanfarra

A festa invade definitivamente o Museu via Farra Fanfarra. Sopros, percussão, acordeão e um Mestre-de-cerimónias numa loucura sem fronteiras. Humor e música numa mistura explosiva de animação e boa energia altamente recomendada.

» Mais informações em: www.myspace.com/farrafanfarra

.:: Roda de Choro de Lisboa // Sábado, 17 de Maio // 18:30 h

Roda de Choro de Lisboa A Roda de Choro de Lisboa é um projecto de músicos portugueses e brasileiros que se desenvolve dentro do chamado repertório clássico, respeitando a sua linguagem singular, mas com algumas surpresas.

Nas suas apresentações a Roda procura recriar o espírito do Rio dos nossos avós. Os chorões vestem-se a rigor e interpretam a música de Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Waldyr Azevedo e muitos outros que ajudaram a construir a linguagem, aproveitando a ocasião para explicar algumas curiosidades sobre o choro. Ritmos bem portugueses como o fandango, o corridinho ou o fado são também trabalhados de forma a evidenciar esta proximidade das linguagens lusófonas.

O choro ou chorinho surgiu no Rio de Janeiro em meados do séc. XVIII. A chegada da côrte portuguesa a esta cidade em 1808 foi a matriz deste género musical que juntou as danças de salão europeias em voga (polcas, mazurcas, valsas, scottish) com o lundum e a modinha. Pode-se afirmar que o choro é pois primo direito do fado, morna e também do tango, pois partilha com estes, várias influências de raiz.

No Museu da Música, a Roda de Choro apresentar-se-á em versão quarteto: Múcio Sá (bandolim e cavaquinho), Carlos "bisnaga" Lopes (acordeão), Nuno Gamboa (violão de 7 cordas), Alexandre "barriga" Santos (percussão).

» Mais informações em: www.myspace.com/rodadechorodelisboa

.:: Soulfato // Sábado, 17 de Maio // 17:00 h

Soulfato

A celebração da Noite dos Museus começa ainda com a luz do dia, contando para tal com os Soulfato, um jovem projecto que reúne elementos tão diversos como a energia do Funk, a espiritualidade do Soul, a reunião das Big Bands, a liberdade do Jazz ou a garra do Rock.

Músicos de todas estas influências procuram formar este sexto sentido da interpretação e criação musical, ambicionando criar um estilo musical original, sem preconceitos, independente e primando pela qualidade.

Os Soulfato são Francisco Ferreira (Guitarra), Nuno Batista (Baixo), Paulo Dias (Bateria), Marta Olias (Sax), Daniel Gonçalves (Trombone), Claiton Lucena (Tuba), Vanessa Crespo (Trompete) Mariana Alves (Voz) e Diana Coimbra (Back Vocal).

» Mais informações em: http://www.myspace.com/soulfato

quarta-feira, 7 de maio de 2008

.:: Noite dos Museus / Dia Internacional dos Museus

Para assinalar a Noite dos Museus (Sábado, 17 de Maio) e o Dia Internacional dos Museus (Domingo, 18 de Maio), este ano subordinado ao tema «Museus como agentes de mudança social e desenvolvimento», o Museu da Música preparou uma programação especial a não perder que procura também levar em linha de conta o Ano Europeu do Diálogo Intercultural.

O Museu prolongará o seu horário de Sábado até às 01:00 h e, excepcionalmente, estará aberto no Domigo, isto tudo para dois dias com muita música e diversão a cargo de Soulfato, Roda de Choro de Lisboa, Farra Fanfarra, Dj In_Lectra e Jon Luz. Os mais pequenos não foram esquecidos, podendo participar na oficina Alto & Falante de Simão Costa com Ágata Mandillo.

Além disso, tentaremos que o espaço do Museu seja mais do que um local de passagem, decorando-o de forma especial para que seja o mais acolhedor possível, tornando-o também mais interactivo através da disponibilização de alguns computadores com auscultadores que facultarão aos nossos visitantes conteúdos musicais e um acesso ao Second Life (onde este ano se celebra pela primeira vez a festa dos Museus).

Ah... já nos esquecíamos, a a entrada é livre, pelo que não há pretextos para deixar de se juntar a nós na Festa dos Museus. Esteja atento à programação que divulgaremos aqui nos próximos dias.

Apoios:

.:: Recital de guitarra clássica por Rui Namora

Rui NamoraDepois de uma ausência prolongada, o Museu da Música regressa aos concertos este Sábado, dia 10 (pelas 16:30 h), com um recital de guitarra clássica por Rui Namora, onde seremos conduzidos pela música de J. S. Bach, Agustin Barrios, Enrique Granados e António José.

Rui Namora iniciou os seus estudos musicais com Duarte Costa em 1987. Em 1994, ingressou no Conservatório de Música de Coimbra onde estudou com Graciano Pinto, concluindo com António Andrade o curso de Guitarra em 2000.

Em 2003, depois de concluir a licenciatura em Ciências Farmacêuticas na Universidade de Coimbra, é admitido na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto, na classe do Prof. José Pina, onde frequenta actualmente o último ano da licenciatura em Guitarra. Participou em masterclasses com José Pina, Alberto Ponce, Margarita Escarpa, Gunnar Spjuth e Julius Kurauskas.

Tem vindo a apresentar-se em público a solo e integrando grupos de música de câmara, nomeadamente no Festival de Guitarra de Coimbra (Capital Nacional da Cultura 2003), Museu Nacional de Machado de Castro e Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, Rivoli Teatro Municipal (Porto), Palácio Galveias (Lisboa), Museu Alberto Sampaio (Guimarães), entre outros. Com Paulo Soares (guitarra portuguesa), apresentou-se com a Orquestra do Norte, e nos Festivais Internacionais de Guitarra de Santo Tirso e de Sernancelhe.

.:: Bem vindo!

Bem vindo ao blogue do Museu da Música! Neste nosso novo espaço, contamos divulgar algumas coisas sobre o Museu e as suas actividades, compensando um pouco a inoperacionalidade do nosso website. Vá aparecendo!